A crise mudou o perfil e as expectativas de quem\r\nprocura um emprego temporário de fim de ano. O trabalhador que hoje está em\r\nbusca de uma ocupação entre outubro e dezembro é mais velho e experiente. Além\r\ndisso, a cada ano, cresce a parcela de candidatos desempregados que enxergam\r\nnessa oportunidade uma forma de se recolocar no mercado de trabalho ou de obter\r\nrenda para quitar dívidas.
Mais da metade (54%) dos candidatos a uma vaga temporária\r\nneste fim de ano tem mais de 30 anos. Essa fatia é mais que o dobro da\r\nobservada no mesmo período do ano passado (25%), aponta pesquisa da Vagas.com,\r\nempresa de tecnologia para recrutamento e seleção.
Com base em uma amostra nacional de 1,6 mil currículos\r\nque constavam no banco de dados da empresa na última semana de outubro, a\r\npesquisa mostra que 74% dos trabalhadores buscam uma vaga temporária de fim de\r\nano. Em 2015, essa parcela era de 70% e no ano anterior, de 67%.
Um resultado que chama atenção é que, entre os que\r\nse candidatam a uma vaga temporária, 78% estão desempregados este ano. Em 2015,\r\num ano também de crise, essa participação era expressiva, porém um pouco menor:\r\n66%.
“Os brasileiros incorporaram o trabalho temporário\r\npara enfrentar a crise”, observa o coordenador da pesquisa, Rafael Urbano. Ele\r\ndestaca que, entre os entrevistados, é crescente, a cada ano, a parcela\r\ndaqueles que já fizeram algum trabalho temporário. Neste ano, mais da metade\r\ndos entrevistados (54%) relataram já terem prestado serviços temporários, ante\r\n40% em 2015 e 28% no ano anterior.
Recolocação. Com o desemprego em alta e a\r\nperspectiva dos economistas de que o cenário do emprego não reaja nos próximos\r\nmeses, o serviço temporário tem sido, do ponto de vista do trabalhador, uma\r\nporta de entrada para a recolocação profissional. Essa é a esperança de Luiz\r\nClaudio Cortelazi, de 34 anos, casado e com uma filha de dois anos.
Faz um mês que Cortelazi foi demitido. Com formação\r\nem matemática, ele trabalhava numa empresa que prestava serviços de tecnologia.\r\n“Houve uma redução de custos no projeto e eu fui cortado”, conta. A sua mulher,\r\nque é advogada e trabalhava na ouvidoria de um banco, também está sem emprego\r\nhá três meses. Agora, o casal procura uma nova oportunidade por meio de uma\r\nvaga temporária.
Em um mês, Cortelazi mandou 1,8 mil currículos, deu\r\nentrada no seguro-desemprego e está procurando trabalho temporário. “Mando,\r\nmando currículo e não tenho retorno nenhum. Quando aparece alguma coisa, é\r\nmuito fora da descrição da vaga”, conta. Até agora, a única empresa que o\r\nchamou para entrevista foi para ser consultor de implantação de sistemas de\r\ntecnologia. “Quando cheguei lá, era para ser consultor de implantação de\r\nimóveis. Não tinha salário, ajuda de custo. Só ganharia algo se vendesse o\r\nimóvel. Desisti.”
A possibilidade de recolocação no mercado de\r\ntrabalho foi o motivo alegado pelos candidatos a uma vaga temporária que mais\r\ncresceu no último ano. De acordo com a pesquisa, 26% dos entrevistados\r\ndeclararam neste ano que buscam uma recolocação. Em 2015, essa fatia havia sido\r\nde 16%. Outro fator que tem ampliado a procura por uma vaga temporária é obter\r\nrenda extra para pagar dívidas. Em 2015, 9% dos entrevistados tinham esse\r\nobjetivo. Neste ano, são 13%.
Urbano, da Vagas.com, observa que o aperto no\r\norçamento provocado pela crise tem levado até mesmo quem hoje está empregado a\r\nprocurar um vaga temporária. Nesse grupo, um terço está em busca de um emprego\r\nde fim de ano para obter uma renda extra para quitar dívidas. E a pesquisa\r\nmostra que as dívidas com cartão de crédito voltaram a liderar o ranking das\r\npendências financeiras de quem procura um emprego de fim de ano.
Apesar de os desempregados mais velhos e experientes\r\nterem arregaçado as mangas e se candidatado a uma vaga temporária para\r\nenfrentar a falta de emprego, a confiança de que essa estratégia dará resultado\r\ndiminuiu. Neste ano, a pesquisa mostra que 76% dos entrevistados acreditam que\r\nvão conseguir uma vaga temporária. Em 2014 e 2015, a confiança era bem maior,\r\ncom índices de 80% e 94%, respectivamente.
“Os brasileiros incorporaram o trabalho temporário\r\npara enfrentar a crise.”
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Fonte: Estadão.
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