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Professor brasileiro ganha 39% da média salarial de países desenvolvidos

Data de publicação: 15/09/2016

O professor brasileiro ganha, em média,\r\n39% do que é pago para os mesmo profissionais nos países desenvolvidos, segundo\r\ndados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)\r\ndivulgados na manhã desta quinta-feira (15).

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Considerando o piso salarial nacional de\r\n2014, o mínimo que um docente brasileiro dos anos iniciais receberia seria o\r\nequivalente a cerca de 12.200 dólares por ano. Em média, nos países da OCDE, o\r\nsalário inicial de um docente do mesmo nível é de cerca de 31 mil dólares. Países\r\ncomo Suíça, Alemanha e Luxemburgo possuem salários iniciais superiores a 45 mil\r\ndólares por ano.

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A análise faz parte do relatório\r\n"Education at a Glance 2016", que conta com dados do Brasil e de mais\r\n40 países. Segundo a OCDE, a maioria dos dados educacionais são referentes ao\r\nano de 2014 e os dados financeiros são relativos a 2013.

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Em 2016 o salário base nacional passou\r\npara R$ 2.135,64. Entretanto, diversos sindicatos e entidades de classe\r\nquestionam a aplicação, apontando que ele não é cumprido em todos os estados.

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A pesquisa da OCDE, cujos destaques foram\r\napresentados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio\r\nTeixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), também avaliou a\r\nsituação salarial do professor universitário.

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Na educação superior, considerando o\r\nsalário pago pelas instituições federais, "o salário médio anual dos\r\ndocentes em 2014 variou de 27 mil dólares na Eslováquia até 133 mil dólares em\r\nLuxemburgo. No Brasil, o salário médio anual dos docentes trabalhando em IES\r\nfederais foi de 41 mil dólares."

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Total de alunos por professor

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No Brasil, os professores têm um número\r\nmaior de aluno em sala de aula se comparado com os demais países da OCDE. No\r\nBrasil, a média é de 21 alunos por professor nos anos iniciais do ensino\r\nfundamental, 18 nos anos finais do ensino fundamental, 15 no ensino médio e 25\r\nna educação superior.

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Em média, nos países da OCDE, existem\r\ncerca de 15 alunos por professor nos anos iniciais do ensino fundamental, 13\r\nnos anos finais do ensino fundamental e ensino médio e 17 na educação superior.

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No caso brasileiro, o número é maior nas\r\nescolas públicas do que nas privadas. A média dos anos iniciais do ensino\r\nfundamental em escolas públicas é de 25 alunos por professor, enquando nas\r\nescolas privadas é de 18 alunos por professor.

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Investimento público

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A proporção de gasto público dedicado à\r\neducação diminuiu, entre 2005 e 2013, em mais de dois terços dos países com\r\ndados disponíveis. O Brasil foge dessa regra: em 2013, o gasto em educação\r\nrepresentou 16% do gasto público total, enquanto na média esse valor\r\nrepresentou 11%.

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Entretanto, a série histórica do\r\n"Education at a Glance 2016" continua a colocar o país como um dos\r\nque continua a aumentar o investimento, mas ainda investe menos do que os\r\ndemais países.

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"Em 2013, o gasto anual por aluno\r\n(do ensino fundamental até a educação superior) foi menor que 5 mil dólares no\r\nBrasil, México e Turquia e mais de 15 mil dólares em Luxemburgo, Noruega e\r\nEstados Unidos", detalha o Inep.

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Segundo o órgão, considerando apenas o\r\ninvestimento público em educação, o Brasil investe anualmente cerca de 3,8 mil\r\ndólares por aluno da educação básica, sendo que, para cada nível educacional,\r\nos países da OCDE investem, em média, cerca de 8.400 dólares por aluno dos anos\r\niniciais, 9.900 por aluno dos anos finais e 9.800 por aluno do ensino médio.

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Nem-Nem

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O Brasil tem o maior percentual de jovens\r\nde 20 a 24 anos de idade que não estão estudando: 75%. No entanto, mais da\r\nmetade desses jovens que não estudam estão trabalhando e, segundo a PNAD 2014,\r\n57% já concluíram o ensino médio (50%) ou superior (7%).

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"Quando se analisa uma faixa de\r\nidade maior, entre 15 a 29 anos, verifica-se que 20% dos brasileiros nem\r\nestudam nem trabalham, sendo que a média OCDE para 2014 foi de 15%",\r\nanalisa o relatório do Inep.

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No Brasil, Chile, Colômbia e México o\r\npercentual de mulheres entre 15 e 29 anos que não estão trabalhando nem\r\nestudando é maior que 25%, enquanto entre homens esse percentual é menor que\r\n17%.

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Educação\r\nsuperior

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Apesar do avanço recente no total de\r\nmatrículas do ensino superior, o Brasil ainda está abaixo da média na proporção\r\nde pessoas com diploma supeior. No Brasil, na faixa etário de 25-34 anos, 16%\r\nda população tem ensino superior, contra 69% na Coreia do Sul e 60% no Japão. A\r\nrealidade brasileira está mais próxima de países como África do Sul (14%) e\r\nIndonésia (11%).

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Nível Médio

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Ao lado do Canadá e da Índia, o Brasil\r\nfigura entre os países com o menor percentual de concluintes do ensino médio\r\nque cursaram educação profissional: cerca de 6% em relação ao total de concluintes\r\ndo ensino médio em 2014. Na média dos países da OCDE, 49% dos jovens\r\nconcluintes do ensino médio eram de formação profissional.

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Desemprego

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A tendência mundial é que o desemprego\r\nseja maior entre aqueles com menor escolarização. Entretanto, No Brasil,\r\nIslândia, México, Coreia do Sul, Indonésia e Japão, a diferença na taxa de\r\ndesemprego é muito pequena em relação ao nível de escolarização. "No\r\nBrasil, por exemplo, a taxa de desemprego em 2014 foi de menos de 6% em todos\r\nos níveis de escolarização, enquanto a taxa de desemprego, em média, na OCDE\r\nvariou entre 4,9% (para quem tem educação superior) e 12,4% (para quem não tem\r\nensino médio)", aponta documento do Inep que avalia do destaques do estudo\r\nda OCDE.

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Renda e escolarização

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No Brasil, Chile e México, quem possui\r\ngraduação chega a ganhar quase o dobro dos que possuem apenas o ensino médio,\r\nenquanto na Áustria essa diferença não ultrapassa 5%. Na média dos países da\r\nOCDE, as mulheres com nível superior ganham 73% da remuneração dos homens com a\r\nmesma escolarização.

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