O Comitê de Política Monetária (Copom) do\r\nBanco Central (BC) anunciou esta semana uma nova redução dos juros básicos da\r\neconomia (Selic), de 0,25% ponto percentual. A taxa, que estava em 14% ao ano,\r\ncaiu para 13,75% ao ano. A decisão foi unânime.
No mês passado, o comitê também reduziu a\r\nSelic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em quatro anos.
De acordo com comunicado divulgado pelo\r\nBC após a reunião, “a inflação recente mostrou-se mais favorável que o\r\nesperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também\r\ncom sinais de desinflação mais difundida”.
O Copom destaca ainda, entre outros\r\nfatores, que as projeções para a inflação de 2016, nos cenários de referência e\r\nmercado, recuaram e se encontram em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos\r\ncenários de referência e mercado, situam-se em torno de 4,4% e 4,7%,\r\nrespectivamente. Para 2018, as projeções encontram-se em torno de 3,6% e 4,6%,\r\nnos cenários de referência e mercado, respectivamente. Além disso, na visão do\r\ncomitê, os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm sido\r\npositivos até o momento.
Principal instrumento usado pelo BC para\r\ncontrolar a inflação, a taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos\r\npúblicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom\r\naumenta a taxa, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos\r\nnos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a\r\npoupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito\r\nfique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o\r\ncontrole sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes\r\nanteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
No Relatório de Inflação, divulgado no\r\nfim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA\r\nencerre 2016 em 7,3%. O mercado financeiro já estima um índice menor. De acordo\r\ncom o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada\r\npelo Banco Central, a inflação oficial fechará o ano em 6,8%.
Fonte: Agência Brasil
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