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Violência contra a mulher gera prejuízo de R$ 1 bilhão para economia brasileira

Data de publicação: 28/08/2017


 Falta de concentração, dificuldade de\r\ntomar decisões, erros ou acidentes e grande número de faltas são os impactos\r\nmais significativos da violência doméstica na vida profissional de milhares de\r\nmulheres no Brasil. Pela primeira vez, esses impactos foram contabilizados: a\r\neconomia do Brasil perde cerca de R$ 1 bilhão devido às consequências da\r\nagressão sofrida pelas trabalhadoras dentro de suas casas.

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 O dado foi apresentado  em\r\ncoletiva na reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, como\r\nparte do segundo relatório da Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência\r\nDoméstica e Familiar, que acompanhou a vida de 10 mil mulheres nas nove\r\ncapitais nordestinas desde 2016. 

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As 250 pesquisadoras identificaram e\r\nquantificaram o peso dos diferentes tipos de violência na vida laboral\r\nfeminina. O estudo foi feito em parceria com o Instituto Maria da Penha e com a\r\nparticipação de pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa. Segundo o estudo,\r\n48% das entrevistadas de Teresina (PI) disseram ter a saúde mental afetada por\r\nconta das agressões sofridas em casa. Em seguida, vem Aracaju (SE), com 42% e\r\nNatal (RN), com 40%. 

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A própria noção de felicidade fica\r\nimpactada com a convivência com uma pessoa violenta dentro de casa. Somente\r\nmetade das entrevistadas que sofreram violência doméstica disseram se sentir\r\nfelizes, contra 74% das que não passam por situações de agressão.

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 “Eu tinha que ter uma programação em\r\ncasa que me afastasse dele o máximo possível. Quando ele estava para chegar em\r\ncasa, eu pegava as crianças para levar para a escola, fazia um lanche antes de\r\nir para o trabalho, porque não tinha almoçado em casa. No trabalho, em alguns\r\nmomentos, eu estendia o horário para poder compensar algum distanciamento meu”,\r\nrelata Maria da Penha Fernandes, farmacêutica que deu nome à lei que pune a\r\nviolência doméstica praticada contra mulheres, sobre o dia a dia no trabalho e\r\nos maus-tratos praticados pelo marido. 

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A pesquisa revelou que, em média, as\r\nmulheres que são agredidas dentro de casa faltam 18 dias por ano. Além disso,\r\nelas também passam menos tempo empregadas em um local de trabalho: são, em\r\nmédia, 58 meses, contra os 78 meses que uma mulher que não sofre violência\r\npermanece empregada. 

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Por tabela, a situação reflete no\r\nsalário, que fica reduzido em cerca de 10%. Esse impacto é maior em Fortaleza\r\n(CE), onde a trabalhadora vítima de violência ganha o equivalente a R$ 5,98 por\r\nhora trabalhada, contra R$ 9,11 das que não são vítimas de violência. Além\r\ndisso, mulheres negras que vivenciam violência doméstica chegam a ganhar 22%\r\nmenos do que mulheres brancas que passam pela mesma situação.

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 “A violência deprecia o capital\r\nhumano da mulher. Grande parte do empoderamento feminino vem da capacidade de\r\ntrabalho. O homem produz a violência contra a mulher, causa todos esses\r\nimpactos, cria uma sequela na economia e retroalimenta essa relação: ele sabota\r\na mulher como trabalhadora e ela perde esse empoderamento. Os setores públicos\r\ne privados não fazem praticamente nada para reverter isso”, diz o professor\r\nJosé Raimundo Carvalho Júnior, coordenador da pesquisa. 

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Como sugestões de mudanças para esse\r\ncenário, os pesquisadores defendem políticas de recursos humanos para\r\nidentificar e apoiar empregadas vítimas de violência. O professor cita como\r\nexemplo experiências norte-americanas que promovem, entre outras\r\npossibilidades, a mudança de local de trabalho ou de horário como forma de\r\nevitar a exposição da trabalhadora ao seu agressor. 

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“Essas são iniciativas de altruísmo,\r\nmas também de bons empresários, pois eles sabem o impacto dessa violência nos\r\nseus negócios. Se a situação de violência cessar, essa empregada voltará a ser\r\nprodutiva. Essa é a lógica econômica e não se pode ter medo disso. No Brasil,\r\nao contrário disso, essas empregadas são demitidas.” 

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Como política pública possível, uma\r\nvez que o Brasil não dispõe de um mecanismo que compreenda a violência\r\ndoméstica como risco de trabalho, os pesquisadores defendem a aprovação do\r\nProjeto de Lei 296, em tramitação no Congresso Nacional desde 2013, que cria o\r\nauxílio transitório em decorrência de risco social provocado pela situação de\r\nagressão no âmbito familiar. 

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Fonte: Agência Brasil

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