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Mercado financeiro tem influência direta nos aumentos da água

Data de publicação: 31/07/2017

A Sanepar é uma empresa estatal,\r\ncerto? Na teoria 100% certo. Na prática, nem tanto, porque quase a totalidade\r\ndas suas ações preferenciais (aquelas que priorizam a distribuição dos\r\ndividendos) está nas mãos de grupos empresariais privados, inclusive bancos.

Sábado último, o diretor do SINCOMAR\r\n, Moacir Paulo de Morais e o assessor de imprensa Messias Mendes , participaram\r\nde uma plenária sobre a política tarifária da Sanepar, promovido pelo Sindaen -\r\nSindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Água, Esgoto e Saneamento de\r\nMaringá e Região Noroeste do Paraná.

Depois de sucessivos aumentos de\r\ntarifas, o governador Beto Richa majorou agora a tarifa de água em mais 26% .\r\nAlguém lembrou no debate que até o final do último governo Requião, o preço da\r\nágua para o consumidor era calculado sobre os custos operacionais da companhia\r\nde saneamento. Atualmente é também com base nos seus ativos. Ou seja, a Sanepar\r\nreajusta as contas pagas pelo consumidor paranaense de acordo com a pressão do\r\nmercado financeiro.

O Estado ainda detém cerca de 80% das\r\nações ordinárias da empresa, mas embora sejam essas que dão direito a voto, as\r\nque remuneram os acionistas são as preferenciais, que não estão mais nas mãos\r\ndo Estado.
\r\nVárias manobras contábeis foram feitas para que as ações preferenciais\r\ndisparassem no mercado, a tal ponto da oferta de ações ter movimentado cerca de\r\nR$ 2 bilhões nas bolsas de valores só em dezembro.

Uma mudança na regulamentação\r\ntarifária, feita para beneficiar os sócios privados, transformou a SANEPAR no\r\ninício de 2017 numa espécie de “queridinha” da Bolsa de Valores. De uma hora\r\npara outra as ações da Sanepar valorizaram 40%. Isso enlouqueceu o mercado que\r\nfoi às compra dos papéis da Companhia de Saneamento do Paraná com uma\r\nvoracidade de impressionar.

Segundo matéria da Gazeta do Povo, “\r\no mercado cresceu o olho. O BTG Pactual anunciou a seus clientes o início do\r\nacompanhamento das ações da Sanepar. Elegeu a paranaense sua empresa de água e\r\nesgoto favorita, e uma das principais escolhas no setor de “utilities”, que\r\ntambém abrange companhias de eletricidade, gás e outras”.

Entre as manobras feitas na estrutura\r\nfuncional da Sanepar, para que suas ações preferenciais se valorizassem ainda\r\nmais e aumentasse o repasse de dividendos para os acionistas privados , estava\r\num plano de aposentadoria incentivada e demissão voluntária , destinado a\r\nreduzir os gastos com pessoal em 34%. Não se tem informação se o PAI e o PDV\r\ntiveram o sucesso esperado, mas se tiveram , certamente impulsionaram ainda\r\nmais as ações da Sanepar no mercado financeiro, elevando a lucratividade dos\r\nacionistas privados a níveis escandalosos.

Então, caros comerciários e\r\ncomerciárias, se vocês se assustaram com as últimas contas da Sanepar que\r\nrecebeu em suas casas, preparem seus corações , porque o BTG já projetou\r\naumento de 100% nos lucros das ações preferenciais da empresa até 2018.

No debate de sábado, realizado no\r\nauditório do Sinteemar , o assessor de imprensa do SINCOMAR lembrou de uma\r\ndaquelas “escolinhas” do Requião em que esteve presente junto com o então\r\ncoordenador da Região Metropolitana de Maringá, João Ivo Caleffi, o seguinte\r\nfato: “ O presidente da Sanepar ,Stênio Jacob reclamou do congelamento das\r\ntarifas e pediu autorização do governador para promover um reajuste. Requião\r\nfoi duro com Jacob: “Stênio, primeiro você desenvolva um plano sério de redução\r\nde desperdício de água, que em Curitiba passa dos 30% , brigue na diretoria da\r\nSanepar pela redução dos dividendos dos acionistas privados e só então, venha\r\nme convencer que preciso autorizar aumento da tarifa de água e esgoto”.

O vereador Carlos Mariuci aproveitou\r\na oportunidade para dizer que está revendo sua posição com relação à retomada\r\ndo sistema de saneamento básico de Maringá pelo município. “Eu era contra,\r\nporque sempre reconheci, e reconheço, que a Sanepar presta um bom serviço na\r\ncidade, mas se estamos diante de uma política tarifária abusiva, impulsionada\r\npelo mercado financeiro, então temos que rever a possibilidade de evitar que a\r\nágua e o esgoto da nossa cidade sigam nessa lógica neoliberal, privatizados e\r\nexplorando a população dessa maneira”.

Em tempo: o contrato de concessão da\r\nSanepar está vencido e o município tem mecanismos legais para retomar os\r\nserviços , que já foram municipais. O problema é a questão econômica,\r\nprincipalmente com relação ao quadro funcional da empresa, que é altamente\r\nqualificado e não tem como abrir mão dele. Mariuci acha que se houver\r\npossibilidade de fazer a migração para uma autarquia municipal, sem gerar\r\npassivo trabalhista para a Prefeitura de Maringá , e nem para o Estado, aí\r\nseria o caso de se pensar na municipalização.

O tema foi\r\namplamente discutido em 2016 , principalmente depois daquele longo período de\r\nfalta de água no início do ano, mas a Câmara Municipal nem chegou a apreciar\r\nqualquer projeto de retomada do sistema. O assunto volta agora à pauta das\r\ndiscussões em Maringá , em virtude das altas abusivas que o maringaense teve na\r\nsua conta de água e esgoto. O SINCOMAR, sempre presente nas discussões dos\r\nproblemas da cidade, marcará presença em todo e qualquer debate a respeito do\r\ntema que tiver daqui em diante.

 

 

 

 

 

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