Salário mínimo\r\npara vaga com exigência de pós-graduação, remuneração abaixo do piso, estágio\r\nde 10 horas diárias e até trabalhar de graça. Quem procura por oportunidades de\r\nemprego na internet, especialmente em tempos de crise, pode ter se deparado com\r\nofertas semelhantes. Segundo o Ministério Público do Trabalho de Campinas\r\n(MPT), situações como essas são caracterizadas como fraudes trabalhistas, e se\r\nacentuam com a fragilidade dos candidatos desempregados.
“Quanto maior a crise, maior o desespero, mais se vende\r\nilusões e se aproveitam da fragilidade de uma pessoa que precisa de emprego. A\r\nnossa atuação é justamente essa, a gente coíbe as fraudes”, diz a procuradora\r\ndo trabalho do MPT Catarina Von Zuben.
Denúncias
Responsável por atender 599 cidades no estado de São\r\nPaulo, o MPT de Campinas (SP) recebe denúncias de forma online, anônimas e sob\r\nsigilo [clique e veja como denunciar]. Até setembro deste ano, foram 210\r\nqueixas sobre fraudes trabalhistas. Em 2016, a instituição registrou 313,\r\nnúmero 29% superior às 242 reclamações registradas em 2015.
O candidato que encontrar um anúncio que contenha\r\nirregularidades como horários abusivos, salário abaixo do piso e restrição de\r\ngênero, algo proibido por lei, deve informar ao Ministério Público, que\r\nencaminhará o caso para um procurador.
“Ele [candidato] anexa o material que tem, normalmente\r\nanúncios de internet, e, com base nessas informações, é instaurado um\r\nprocedimento. Essa denúncia é um início de prova, e o fato de você iludir\r\nalguém também tem implicações penais, não é só de cunho trabalhista que estamos\r\nfalando”, afirma a procuradora.
Vagas expostas
Para ajudar um ao outro na busca por emprego, o analista\r\nde marketing Daniel Alves e o designer Tiago Perrart começaram a trocar, pelas\r\nredes sociais, imagens de anúncios que encontravam na internet. De forma\r\nirônica, eles também compartilhavam as “vagas ruins”, e em pouco tempo a ação\r\nse transformou em uma página de denúncias no Facebook.
“O pessoal, que no começo gostava de ver as vagas para\r\ndar risada, a título de curiosidade, começou a ver a página quase que como um\r\nserviço. Eles se sentem representados, vingados, e a gente quer expor as vagas\r\npara passar esse aprendizado do que é e do que não é legal”, completa Alves.
A página “Vagas Arrombadas” alcançou, em pouco mais de um\r\nmês, 100 mil curtidas na rede social. Diariamente, recebe cerca de 500\r\nsugestões de anúncios por meio dos seguidores.
“Era uma maneira de expor as empresas que divulgavam essas\r\nvagas abusivas. A gente compartilhava com as outras pessoas uma oferta\r\nrevoltante que encontrava”, completa Perrart.
Para o analista de marketing, a vaga mais “arrombada” já\r\ndivulgada pela página foi a de uma empresa que não oferecia benefícios como transporte,\r\nalimentação e assistência médica.
Fonte: site da CNTC
Desemprego tem nos jovens maiores vítimas e arruína sonho de ganhos com educação
A enfermeira Ana Carolina, 26 anos, conseguiu um feito sem precedentes na família, foi a primeira a cursar uma faculdade. Hoje, no entanto, engrossa a fileira de jovens que enfrentam a radical inversão do mercado de trabalho: cresceram numa economia de pleno emprego, mas passaram a conviver com o desemprego recorde. “Eu achava que não iria demorar muito para conseguir um emprego. Me formei em junho de 2014 e imaginei que até dezembro daquele ano estaria empregada, mas o máximo que consegui foi participar de uma dinâmica”, diz Ana Carolina Gomes da Silva. Além da graduação...
Vida dos trabalhadores importa! Centrais cobram protocolos de proteção aos trabalhadores
Após um ano de pandemia e quase 800 mil paranaenses infectados, é a primeira vez que o Governo do Paraná se senta oficialmente com as centrais sindicais, Ministério Público do Trabalho e DIEESE para debater protocolos de prevenção e combate à pandemia de Covid-19. Instituído em 24 de agosto de 2020, o comitê tripartite ainda não se reuniu.Agora, o Fórum Estadual em Defesa da Liberdade Sindical poderá apresentar ao secretário de Saúde, Beto Preto, algumas medidas para o controle da pandemia aprovadas em um protocolo produzido em julho de 2020. Além disso, as centrais questionam os...
Sindicato pode ser substituto também em processo individual
O sindicato tem direito de representar interesses individuais em ações na Justiça do Trabalho. Com esse entendimento, a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais (Sindfer) de representar apenas um empregado da Vale na condição de substituto processual. De acordo com o relator do processo, ministro Claudio Brandão, o Supremo Tribunal Federal já decidiu pela amplitude da representação sindical...