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Comércio deve abrir 73 mil vagas temporárias para o Natal

Data de publicação: 28/09/2017


Mais de 73 mil pessoas serão contratadas pelo\r\ncomércio brasileiro para as festas de fim de ano, com alta de 10% em comparação\r\ncom o mesmo período do ano passado, quando foram geradas 66,7 mil vagas\r\ntemporárias de emprego. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (27), no\r\nRio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e\r\nTurismo (CNC) .

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Segundo o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio\r\nBentes, a previsão se baseia no histórico do ano, “no qual todas as datas\r\ncomemorativas registraram alta depois de dois anos”. Bentes disse acreditar que\r\ntal cenário deve perdurar até dezembro. “É aumento das vendas mesmo”.

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O quadro de inflação baixa, juros em queda, retomada\r\ngradual do emprego e confiança das famílias contribui para que a CNC projete\r\naumento de 4,3% para as vendas do comércio varejista brasileiro no Natal,\r\nequivalente à movimentação financeira de R$ 34,3 bilhões até dezembro. “Isso\r\nfaz com que tenhamos no Natal, que é a data mais importante para o varejo, uma\r\nalta também depois de dois anos de queda nas vendas”, disse Bentes à Agência\r\nBrasil.

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O economista afirmou que o emprego temporário é uma\r\nespécie de aposta que o varejista faz no Natal, porque não pode deixar para\r\ncontratar em cima da hora. Por isso, a própria contratação do trabalhador\r\ntemporário é uma percepção mais favorável para o Natal deste ano em relação ao\r\nNatal do ano passado, acrescentou.

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Para este ano, a CNC trabalha com estimativa de alta\r\nde 2,2% nas vendas do comércio nacional. Bentes lembrou que o início do ano não\r\nfoi bom e que, no primeiro trimestre, houve queda nas vendas. Nos últimos cinco\r\nmeses, entretanto, as vendas no varejo aumentaram na comparação com igual\r\nperíodo de 2016.

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“Já há uma recuperação, embora simbólica, no varejo.\r\nA gente não espera alta muito significativa daí para a frente, mas em segmentos\r\nimportantes para o varejo, como vestuário, as vendas estão crescendo 10% na\r\nmédia dos últimos quatro meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de\r\nGeografia e Estatística (IBGE)”, destacou o economista.

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Segmentos

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O vestuário é um dos setores que mais crescem com o\r\nNatal. As vendas aumentam mais de 80% em dezembro em comparação com o mês\r\nanterior. Segundo Bentes, vestuário é o mais democrático dos segmentos, porque\r\nengloba desde a lembrancinha adquirida no comércio popular até produtos de\r\nmarca, mais caros. Se isso ocorre nas vendas, acaba replicando também no\r\nemprego, demandando mão de obra em dezembro.

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Outro segmento que deve concentrar os maiores\r\nvolumes de contratação é o de hiper e supermercados, que responde por 30% do\r\nvarejo e foi afetado positivamente este ano pelo dólar baixo e pelos preços em\r\nqueda dos alimentos.

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“O consumidor, dificilmente, este ano, vai se\r\nassustar com o preço de produto importado. E alimento tem ajudado a preservar\r\num pouco o bolso, o que ajuda o segmento e o próprio varejo como um todo.\r\nAlimento é quase tarifa. Consegue-se adiar a compra do carro; mas ninguém deixa\r\nde comer”, disse Bentes.

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De acordo com a CNC, além de serem os grandes\r\nempregadores do varejo, concentrando juntos por 42% da força de trabalho do\r\nsetor, vestuário e hiper e supermercados costumam responder, em média, por 60%\r\ndas vendas natalinas.

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O dólar tem ajudado o comércio, caindo em média 10%\r\nem relação ao ano passado, disse Bentes. Isso permitiu ao varejo fazer estoque\r\na preços mais competitivos, importar produtos típicos do mês (de dezembro) e\r\ncolocar preços mais atraentes na prateleira. “O dólar não contaminou\r\nnegativamente o Natal deste ano”.

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Bentes disse que o pagamento do bônus do Fundo de\r\nGarantia do Tempo de Serviço (FGTS) ajudou o varejo no período de março a\r\njulho, mas ressaltou que o que tende a ajudar o setor daqui para frente é a\r\nreativação do emprego, inclusive pelo próprio comércio, com a contratação de\r\ntemporários para o fim de ano.

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Efetivação

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O economista considera possível a efetivação de uma\r\nparcela significativa dos 73,1 mil postos temporários que serão criado para o\r\nfim de ano. Nos chamados “anos bons”, como 2010 e 2014, quando o varejo estava\r\nmuito bem, mais de 30% dos temporários acabaram sendo contratados. Nos dois\r\núltimos anos, contudo, as vendas caíram, resultando em queda no total de 10% no\r\nNatal, o que fez com que a taxa de efetivação não chegasse a 15% das vagas\r\ntemporárias.

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Para este ano, a CNC espera taxa de contratação na\r\ncasa de 27%, “porque a perspectiva para 2018, não só pelo lado do Produto\r\nInterno Bruto [PIB], mas do próprio emprego e das vendas do varejo, é mais\r\nfavorável do que foi em 2017”. Por isso, a tendência é ter uma taxa de absorção\r\ndos temporários após o Natal deste ano mais alta do que no Natal dos dois\r\núltimos anos.

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A CNC estima que o salário de admissão dos\r\ntemporários fique em R$ 1.191, com elevação de 7,1%, em termos nominais, na\r\ncomparação com os valores do mesmo período do ano passado. O maior salário de\r\nadmissão deverá ocorrer no ramo de artigos farmacêuticos, perfumaria e\r\ncosméticos, estimado em R$ 1.446.

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Fonte:\r\nAgência Brasil.

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