O Brasil tende a seguir como coadjuvante nas relações comerciais\r\ndos Estados Unidos após o início do mandato de Donald Trump, em janeiro do ano\r\nque vem, na avaliação de especialistas. Segundo eles, as atenções do novo\r\npresidente deverão estar voltadas para a China. Mas, apesar de não ter feito\r\nparte da pauta do futuro presidente na corrida eleitoral, o mercado brasileiro\r\npoderá ser afetado indiretamente, caso sejam aplicadas medidas mais radicais de\r\nprotecionismo mencionadas pelo republicano durante a disputa pela Casa Branca.
Na campanha, Trump criticou a postura comercial chinesa e\r\nameaçou impor tarifas de 45% sobre os produtos importados do país asiático.\r\n"As visões de Trump sobre comércio, até agora, foram terríveis e ingênuas.\r\nErguer barreiras apenas contra importações chinesas ou um grupo específico de\r\npaíses, por exemplo, contraria regras da Organização Mundial do Comércio\r\n(OMC)", lembra Rafael Dix Carneiro, da Universidade Duke, na Carolina do\r\nNorte.
"Se optar por impor uma maior taxação às mercadorias vindas\r\nda China, o governo Trump afetará a atividade econômica dos asiáticos, o que\r\nvai reduzir, por consequência, suas importações de commodities e prejudicará o\r\nBrasil", avalia José Augusto de Castro, presidente da Associação de\r\nComércio Exterior do Brasil (AEB).
"O mais grave, nesse primeiro momento, é que ele distribuiu\r\nincertezas por todos os lados, e a maioria das avaliações dos economistas para\r\nos próximos quatro anos contava com Hillary Clinton como presidente. A neblina,\r\nagora, precisa ser desfeita pelos republicanos, para que o mercado se programe\r\nde forma segura."
A próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central\r\namericano), em dezembro, deverá determinar a manutenção da taxa de juros, para\r\nnão assustar o mercado, diz Rubens Penha Cysne, professor da Escola Brasileira\r\nde Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esse cenário também\r\ncoloca em dúvida a derrubada dos juros no Brasil.
Fora do palanque.
Em seu primeiro discurso após a confirmação da vitória, nesta\r\nquarta-feira, 9, o magnata adotou um tom conciliador, em que pregava a união\r\nnacional e evitava menções ao futuro da política externa americana.
O fato de não ter citado seus planos para o comércio exterior na\r\nfala inaugural é emblemático, avalia a economista Zeina Latif, da XP\r\nInvestimentos.
"Mesmo governando com um Congresso dominado por seu partido\r\ne em um momento em que o mundo passa por uma forte onda protecionista, Trump\r\ndeverá medir bem seus passos iniciais. Fora do contexto acalorado da campanha,\r\npropor a revisão de acordos como a Parceria Transpacífico (TPP) seria absurdo e\r\ndificilmente contaria com o apoio dos demais republicanos."
Trump também sofrerá pressão de grandes multinacionais, com\r\nfábricas espalhadas em diversas partes do mundo e que teriam seus esquemas de\r\nprodução em rede global prejudicados, se levada adiante a promessa de\r\nsobretaxação de importados e saída de acordos comerciais, diz José Augusto\r\nFernandes, diretor de políticas e estratégia da Confederação Nacional da\r\nIndústria (CNI). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo
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