O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),\r\nIves Gandra Martins Filho, disse nesta quinta-feira (15) que considera “muito\r\npositivas” mudanças na lei trabalhista que vêm sendo discutidas no governo e\r\nque há um preconceito em torno da palavra “flexibilização”. Para ele, o\r\ntrabalhador ganhará mais proteção com uma reforma na área.
Na última semana, o ministro do Trabalho, Ronaldo\r\nNogueira, afirmou que a proposta de reforma trabalhista deveria prever a\r\nnegociação, em convenção coletiva, da jornada semanal. Com isso, o governo\r\nesperar conferir segurança jurídica para acordos entre patrões e empregados e\r\ndar mais peso aos acordos coletivos.
O tema, no entanto, não vem sendo bem recebido por\r\nalguma entidades sindicais e por partidos de oposição ao governo, que reclamam\r\nde eventual perda de direitos. Nesta quarta-feira (14), em evento no Palácio do\r\nPlanalto, o presidente Michel Temer rebateu as críticas e disse que o governo\r\nnão seria “idiota” em mexer em direitos dos trabalhadores.
Ives Gandra Martins Filho comentou a proposta de\r\nreforma trabalhista após participar de um evento na Câmara de comemoração dos\r\n70 anos do TST. Para Gandra Martins Filho, uma flexibilização nas leis visa\r\ncriar mais empregos e dar mais liberdade ao trabalhador para fazer escolhas.
“É preconceito em relação às palavras, quando se\r\nfala de flexibilização, se fala em dar mais liberdade ao próprio trabalhador de\r\nescolher aquilo que é melhor pra ele mesmo. Às vezes, as pessoas pensam que vai\r\nser precarizado o emprego e o que se está querendo é exatamente gerar mais\r\nemprego”, disse o ministro.
Ives Gandra Martins Filho citou decisão tomada neste\r\nmês pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que determinou\r\nque acordo coletivo firmado entre um sindicato de trabalhos rurais em\r\nPernambuco e uma usina local prevalecesse sobre uma regra da Consolidação das\r\nLeis do Trabalho (CLT). De acordo com o ministro, a decisão mostra maioridade\r\ndo trabalhador e do sistema sindical no país.
\r\n\r\n
“Acho muito positivas [mudanças na lei trabalhista]\r\nporque, na verdade, elas estão querendo dar uma proteção mais real ao\r\ntrabalhador, não só proteção de papel. O próprio STF, recentemente, referendou\r\numa decisão, que ele já tinha, de admitir uma maior flexibilização da\r\nlegislação trabalhista, exatamente para prestigiar o trabalhador, a vontade do\r\ntrabalhador com a empresa […] A decisão do STF e essa própria reforma marcam a\r\nmaioridade do trabalhador e a maioridade do sistema sindical”, afirmou o\r\npresidente do TST.
Ainda segundo o ministro, não é necessário que o\r\ntrabalhador seja “tutelado” o tempo todo pelo poder público. “Sindicatos hoje\r\ntêm força suficiente para enfrentar o poder econômico das empresas”, afirmou\r\nIves Gandra Martins Filho.
Fonte: G1
\r\n\r\n
Apenas 4% dos brasileiros poupam para a aposentadoria
Preocupado porque o dinheiro da aposentadoria vai secar e você não tem reservas para garantir seu nível de vida até os 80, 90 ou 100 anos? Você não está sozinho. Em cada 100 brasileiros, só 4 separam recursos para os anos finais, o índice mais baixo das Américas e um dois piores do mundo. Em levantamento de 143 países feito pelo Banco Mundial, só 11 estão abaixo. A imprevidência atinge até os brasileiros de renda mais alta, e não é uma questão de pobreza: o Brasil perde de nações como Congo, Maláui ou Togo, que têm PIB (Produto Interno Bruto) per capita próximo...
Maioria que procura vaga temporária tem mais de 30 anos
A crise mudou o perfil e as expectativas de quem procura um emprego temporário de fim de ano. O trabalhador que hoje está em busca de uma ocupação entre outubro e dezembro é mais velho e experiente. Além disso, a cada ano, cresce a parcela de candidatos desempregados que enxergam nessa oportunidade uma forma de se recolocar no mercado de trabalho ou de obter renda para quitar dívidas. Mais da metade (54%) dos candidatos a uma vaga temporária neste fim de ano tem mais de 30 anos. Essa fatia é mais que o dobro da observada no mesmo período do ano passado (25%), aponta pesquisa...
Havan terá que indenizar empregada demitida após retornar de tratamento contra câncer
A loja de departamentos Havan, em Curitiba, deverá indenizar e reintegrar ao emprego uma funcionária demitida onze dias após retorno de licença-saúde para tratamento de câncer. A indenização, por danos morais, foi fixada em R$ 30 mil pela 3ª Turma do TRT-PR. Da decisão, cabe recurso. A trabalhadora foi contratada em maio de 2010 para a função de operadora de caixa. Dois anos depois, descobriu um câncer no estômago e se submeteu a cirurgia...