O presidente da\r\nCâmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quarta (20) a aprovação ainda\r\nneste ano pelos deputados de uma proposta que permita que negociações entre\r\nempregados e empregadores se sobreponham à CLT; centrais sindicais e entidades\r\nde classe criticam o chamado "negociado sobre o legislado" por entenderem\r\nque isso resultará em descumprimento de leis trabalhistas; ontem, o ministro do\r\nTrabalho, Ronaldo Fonseca, afirmou que o governo pretende encaminhar ao\r\nCongresso até o fim do ano propostas de reforma trabalhista, que privilegiará a\r\nnegociação coletiva para tratar de temas como salário e tamanho da jornada dos\r\ntrabalhadores
Na última terça, o ministro do\r\nTrabalho, Ronaldo Fonseca, afirmou durante café da manhã com jornalistas que o\r\ngoverno pretende encaminhar ao Congresso até o fim do ano propostas de reforma\r\ntrabalhista e para regulamentar o processo de terceirização no país. Segundo o\r\nministro, o projeto de reforma privilegiará a negociação coletiva para tratar\r\nde temas como salário e tamanho da jornada dos trabalhadores - indicando que a\r\nCLT poderá ser flexibilizada nesse sentido.
Na visão de Rodrigo Maia, a medida representará um “grande avanço” para\r\no Brasil na geração de emprego, assim como a aprovação pelo Senado de um\r\nprojeto que libera a terceirização para todos os setores. “Se a gente avançar\r\nna terceirização no Senado e tratar o negociado sobre o legislado, você já fez\r\nmuito num tema muito polêmico. Acho que, nesse curto prazo, isso já seria um\r\ngrande avanço para que o Brasil, para que as empresas pudessem voltar a gerar\r\nemprego no Brasil, seria uma boa colaboração do Legislativo brasileiro”,\r\nafirmou Rodrigo Maia.
Essa tentativa de flexibilizar a Consolidação das Leis Trabalhistas significa na prática, a retirada de direitos e garantias que o trabalhador tem, desde que a CLT foi promulgada há 70 anos. As centrais sindicais, federações, confederações e sindicatos de base estão mobilizados para reagir contra isso.
\r\n\r\n
Trabalhadora prova doença ocupacional e será indenizada após demissão
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Flex Importação, Exportação, Indústria e Comércio de Máquinas e Motores Ltda. a pagar salários relativos ao período de estabilidade provisória a que uma operadora de produção teve direito por causa de doenças decorrentes de suas atividades na empresa. O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) concluiu que a bursite e a tendinite, comprovadas em exames realizados um mês após a demissão, tiveram as...
Testemunha que mente em ação trabalhista pode ser presa
É raro, mas uma testemunha que mente em um depoimento durante um processo trabalhista pode ser presa. A pena pode ser prisão de até quatro anos. Foi o que aconteceu na terça-feira (8) com duas pessoas que testemunhavam a favor de uma empresa de logística na Justiça do Trabalho em Campo Largo (PR), na região metropolitana de Curitiba. O juiz responsável pelo caso decretou a prisão de ambas em flagrante por mentirem em seus depoimentos A empresa era acusada por um de seus funcionários, um caminhoneiro, de exigir viagens superiores a 12 horas por dia e de fazer parte do pagamento...
Grupo Pão de Açúcar multado por descumprir norma coletiva
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento a agravo da Companhia Brasileira de Distribuição (Grupo Pão de Açúcar) contra decisão que aplicou multa de R$ 100 por empregado por descumprimento de cláusula coletiva que vedava o trabalho no feriado de 1º de maio de 2005, Dia do Trabalhador. A Turma afastou o argumento da empresa de que havia acordo coletivo tácito que permitia o trabalho na data. A multa foi aplicada pelo juízo da 22ª Vara do Trabalho de São Paulo, em ação de cumprimento...