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Novos procedimentos em planos de saúde não provocarão reajuste imediato

Data de publicação: 03/11/2015

\r\n A inclusão de 21 novos procedimentos no rol obrigatório de cobertura mínima nos planos de saúde individuais e coletivos, contratados a partir da lei 9.656/98 e/ou adaptados por ela, não vai representar reajuste imediato nos valores dos planos. 

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\r\n Os novos procedimentos foram anunciados no último dia 28 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e vão se juntar aos 3.195 já existentes. Segundo o diretor-presidente da ANS, José Carlos Abrahão, o impacto financeiro nas operadoras será analisado no ano que vem e, se houver necessidade de aumento, ele só ocorrerá no período determinado de reajuste dos planos em 2017.

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\r\n “Durante todo o ano de 2016 a equipe técnica estará fazendo o acompanhamento da utilização das demandas que nós vamos ter e, a partir daí, quando chegarmos ao final de 2016, nós vamos avaliar se isso vai impactar dentro das mensalidades que serão apresentadas em 2017”, explicou.

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\r\n Abrahão informou que historicamente o reajuste provocado por mudanças no rol obrigatório é variável. “Tem ano que dá impacto de 0,5%, tem ano que dá impacto de 1%. Isso vai depender da utilização da demanda que a gente vai ter dos procedimentos e dos medicamentos que forem utilizados”, completou, acrescentando que o impacto econômico tem de ser avaliado, mas é preciso ser levado em conta, em primeiro lugar, o impacto assistencial. “O meu foco é primeiro olhar o paciente, o consumidor, então é para ele que a gente tem de procurar o equilíbrio, a sustentabilidade e a garantia do melhor tratamento”.

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\r\n Para fazer a revisão, que ocorre a cada dois anos, foi instituído o Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde, que tem participação de órgãos de defesa do consumidor, profissionais da área de saúde e de hospitais, entre outros segmentos. A escolha dos procedimentos foi feita após consulta pública, que recebeu 6.338 contribuições, sendo 66% de consumidores, 12% de prestadores de serviços de saúde, 9% de representantes de operadoras de planos de saúde e o restante teve, entre outras, as contribuições de servidores.

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\r\n A lista dos novos procedimentos, que entrarão em vigor no dia 2 de janeiro de 2016, inclui o medicamento Enzalutamida, usado no tratamento de câncer de próstata. Também estão no rol, o implante de desfibrilador multissítio TRC-D, usado para evitar a morte súbita em pacientes cardíacos; a aplicação de toxina botulínica para tratamento de hiperatividade vesical; o implante de prótese auditiva ancorada no osso para os casos de deficiências auditivas; e a ampliação de consultas com fonoaudiólogo, nutricionistas, fisioterapeutas e psicoterapeutas, entre outros.

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\r\n Para as gestantes, as sessões de nutrição passaram de seis para 12. A gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS, Raquel Lisboa, informou que a intenção é garantir um melhor processo de gestação e, com isso, incentivar o parto normal e adequado. “Como a gente incentiva que a grávida tenha esta escolha da melhor via de parto, a gente deve garantir que ela tenha melhor saúde durante a gestação”, indicou.

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\r\n O diretor-presidente da ANS disse que diante de muitos pedidos foram incluídos também o antígeno NS1 do vírus da dengue e o teste rápido da doença, além dos testes para a chikungunya, doença viral parecida com a dengue. Abrahão destacou que, com este atendimento, vai ser evitada a demanda judicial para a mudança do teste usado atualmente, que leva sete dias para se ter o resultado, pelo que sai de forma mais rápida.

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\r\n A única exclusão no rol foi feita, segundo a gerente-geral, a pedido da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, que declarou a cirurgia de dermatocalaze ou blefarocalaze ultrapassada. “Este procedimento não estava mais sendo usado. É uma cirurgia oftalmológica para a retirada do calaze (excesso de pele nas pálpebras)”, disse, acrescentando que existe um procedimento substitutivo que está mantido no rol.

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\r\n De acordo com dados da ANS, as mudanças vão beneficiar 50,3 milhões de consumidores nos planos de assistência médica, além de 21, 9 milhões de pessoas com planos exclusivamente odontológicos. Em 2000, os planos de assistência médica tinham 31,3 milhões de consumidores e 2,4 milhões nos planos odontológicos.

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\r\n Fonte: Rede Brasil Atual

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