A\r\nenfermeira Ana Carolina, 26 anos, conseguiu um feito sem precedentes na\r\nfamília, foi a primeira a cursar uma faculdade. Hoje, no entanto, engrossa a\r\nfileira de jovens que enfrentam a radical inversão do mercado de trabalho:\r\ncresceram numa economia de pleno emprego, mas passaram a conviver com o\r\ndesemprego recorde.
“Eu\r\nachava que não iria demorar muito para conseguir um emprego. Me formei em junho\r\nde 2014 e imaginei que até dezembro daquele ano estaria empregada, mas o máximo\r\nque consegui foi participar de uma dinâmica”, diz Ana Carolina Gomes da Silva.
Além da\r\ngraduação em uma universidade privada de São Paulo, a jovem concluiu uma\r\npós-graduação em pediatria em 2015. No entanto, carrega apenas a experiência\r\ndos estágios que eram obrigatórios durante a graduação.
Nos\r\núltimos anos, trajetórias como a de Ana Carolina se tornaram comuns pelo\r\nBrasil, com mais jovens chegando ao ensino superior. Entre 1995 e 2015, a\r\nquantidade de universitários de 18 a 24 anos aumentou de 1,1 milhão para 4\r\nmilhões, segundo levantamento feito pela consultoria Plano CDE com base nos\r\ndados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Os anos a\r\nmais de estudos, no entanto, não se traduziram na garantia de um emprego. Pelo\r\ncontrário. A grande marca da atual crise - que se arrasta desde o fim de 2014 -\r\né o forte crescimento do desemprego e, sobretudo, entre os jovens.
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Decepção
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Um\r\nlevantamento do Locomotiva Instituto de Pesquisa retrata bem a combinação\r\nperversa entre o avanço educacional dos brasileiros e a decepção com a falta de\r\nperspectiva para a economia brasileira. De acordo com o estudo, 72 por certo\r\ndos jovens brasileiros estudaram mais do que os seus pais, mas 75% dos\r\nbrasileiros com até 30 anos acreditam que o país não vai voltar a criar vagas\r\nde emprego antes de dois anos.
A\r\ndeterioração do mercado de trabalho para os mais novos é preocupante porque\r\ntraz efeitos não só no curto prazo, mas também no longo prazo, uma vez que está\r\nfazendo o Brasil desperdiçar o investimento feito pelo governo na educação.
No ano\r\npassado, somente os gastos do governo federal com o Fundo de Financiamento\r\nEstudantil (Fies), destinado a financiar a graduação no Ensino Superior, foram\r\nde R$ 19,1 bilhões. Em 2010, eram R$ 880 milhões.
A crise,\r\naliás, é tanta que os jovens que se beneficiaram do Fies também não estão\r\nconseguindo arcar com a dívida estudantil.
Fonte: G1
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