A Caixa Econômica Federal suspendeu a\r\noferta de uma das linhas de crédito imobiliário mais baratas do mercado: a que\r\nusa dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a chamada\r\npró-cotista. Mesmo após a injeção de R$ 2,54 bilhões em dinheiro extra no mês\r\npassado, o dinheiro acabou novamente e o banco suspendeu novos créditos para\r\ncompra de imóveis de até R$ 950 mil.
“A Caixa Econômica Federal informa que\r\nestão suspensas as contratações de novas operações da linha de crédito\r\npró-cotista - recursos FGTS, em razão do comprometimento total do orçamento\r\ndisponibilizado pelo Conselho Curador do FGTS para o exercício de 2017”, cita a\r\nnota à imprensa divulgada pelo banco federal.
A linha pró-cotista tinha originalmente\r\nR$ 5 bilhões para o ano, mas os recursos estavam muito perto de acabar no mês\r\npassado. Sem saldo, a Caixa pediu mais recursos e o Ministério das Cidades\r\natendeu ao pedido com a realocação de R$ 2,54 bilhões extras. O dinheiro novo,\r\nporém, acabou se esgotando novamente em pouco mais de 30 dias.
Ainda que a interrupção da oferta dessa\r\nlinha de crédito seja uma má notícia para os clientes, o cenário mostra algum\r\nsinal de recuperação do mercado - o que é positivo e, em momentos de crise,\r\npode até ser motivo de comemoração.
FGTS inativo. Em todo o ano passado, essa\r\nlinha para compra da casa própria do FGTS liberou R$ 5,5 bilhões. O ritmo em\r\n2017 é bem mais forte e a marca de R$ 7,54 bilhões foi alcançada em seis meses.\r\nO número, portanto, mostra que há mais demanda pelo crédito imobiliário.
A Caixa não comenta as razões para o fim\r\ndos recursos e nota que o tema é uma decisão do Conselho Curador do Fundo de\r\nGarantia do Tempo de Serviço. Vale lembrar, porém, que as contas inativas do\r\nFundo de Garantia têm sido sacadas em um programa de forte apelo popular\r\nanunciado pelo governo Michel Temer.
Ao todo, R$ 41,4 bilhões estavam em\r\ncontas inativas e estão à disposição dos cotistas para saque. Dados\r\npreliminares mostram que a retirada dos recursos tem sido elevada e boa parte\r\ndesse montante deve sair do FGTS - o que pode influenciar a capacidade dos\r\ngestores em financiar projetos ou o segmento imobiliário.
A linha pró-cotista só pode ser usada por\r\ntrabalhadores com pelo menos três anos de vínculo com o FGTS. Além disso, eles\r\nprecisam estar trabalhando ou ter saldo na conta do Fundo de Garantia que some\r\nvalor de pelo menos 10% do imóvel.
A linha financia a compra de imóveis de\r\naté R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e de\r\naté R$ 800 mil nos outros Estados. Essa é a linha de empréstimo habitacional\r\nmais barata depois do Minha Casa, Minha Vida.
A taxa de juro para não correntistas do\r\nbanco é de 8,61% ao ano. Já no financiamento com recursos da poupança, a taxa é\r\nde 10,49% ao ano.
Fonte: Estadão
Cruzada trabalhista contra a terceirização
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) lançou uma petição no site Avaaz contra a aprovação do Projeto de Lei – PL 4.330/2004, que regulamenta a terceirização de mão de obra ampliando suas possibilidades para as atividades-fim das empresas. O projeto havia sido arquivado no fim da Legislatura passada, mas foi desarquivado a pedido de parlamentares e partidos políticos. Agora, segundo as informações que têm circulado, o presidente da Câmara, deputado Eduardo...
Com renda menor, consumidor busca produtos mais simples
Na semana passada, Joelma Quioratto, de 20 anos, casada e sem filhos, teve de ir às compras. Apesar de ela e o marido estarem empregados e somarem renda de R$ 2 mil por mês, Joelma estava cautelosa com a situação financeira e não pretendia gastar. Mas o refrigerador quebrou: parou de gelar e estava estragando os alimentos. “Só comprei uma geladeira nova porque a antiga chegou ao limite, não tinha conserto.” Na troca, Joelma privilegiou o preço. Ela gostaria de levar para casa um refrigerador de degelo automático (frost free), como a velha geladeira. Porém, acabou comprando...
Supermercado é condenado por descontos ilegais
A rede de supermercados Nordestão terá que pagar R$ 300 mil por dano moral coletivo, conforme fixa sentença resultante de ação do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT-RN), motivada por descontos indevidos nos salários dos operadores de caixa, por recebimento de notas falsas. A empresa ainda está obrigada a restituir, aos prejudicados, valores descontados ilegalmente, além de ter que cessar a prática. Para o procurador do Trabalho José Diniz de Moraes, que assina a ação, “os prejuízos decorrentes desse tipo de fraude não podem ser suportados pelo...