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Mulheres trabalham 7,5 horas a mais do que os homens devido à dupla jornada

Data de publicação: 07/03/2017


As mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais\r\nque os homens por semana devido à dupla jornada, que inclui tarefas domésticas\r\ne trabalho remunerado. Apesar da taxa de escolaridade das mulheres ser mais\r\nalta, a jornada também é. Os dados estão destacados no estudo Retrato das\r\nDesigualdades de Gênero e Raça, divulgado nesta segunda-feira 6 pelo Instituto\r\nde Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

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O estudo é feito com base em séries históricas de\r\n1995 a 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto\r\nBrasileiro de Geografia e Estatística.

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Em 2015, a jornada total média das mulheres era de\r\n53,6 horas e a dos homens, de 46,1 horas. Em relação às atividades não\r\nremuneradas, a proporção se manteve quase inalterada ao longo de 20 anos: mais\r\nde 90% das mulheres declararam realizar atividades domésticas; os homens, em\r\ntorno de 50%.

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“A responsabilidade feminina pelo trabalho de\r\ncuidado ainda continua impedindo que muitas mulheres entrem no mercado de\r\ntrabalho e, ao mesmo tempo, aquelas que entram no mercado continuam respondendo\r\npela tarefas de cuidado, tarefas domésticas. Isso faz com que tenhamos dupla\r\njornada e sobrecarga de trabalho”, afirmou a especialista em políticas públicas\r\ne gestão governamental e uma das autoras do trabalho, Natália Fontoura.

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Segundo Natália, a taxa de participação das mulheres\r\nno mercado de trabalho aumentou muito entre as décadas de 1960 e 1980, mas, nos\r\núltimos 20 anos, houve uma estabilização. “Parece que as mulheres alcançaram o\r\nteto de entrada no mercado de trabalho. Elas não conseguiram superar os 60%,\r\nque consideramos um patamar baixo em comparação a muitos países.”

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Chefes\r\nde família e mulheres negras

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O estudo observou ainda que aumentou o número de\r\nmulheres chefiando famílias. Em 1995, 23% dos domicílios tinham mulheres como\r\npessoas de referência. Vinte anos depois, esse número chegou a 40%.

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As famílias chefiadas por mulheres não são\r\nexclusivamente aquelas nas quais não há a presença masculina: em 34% delas\r\nhavia a presença de um cônjuge. “Muitas vezes, tais famílias se encontram em\r\nmaior risco de vulnerabilidade social, já que a renda média das mulheres,\r\nespecialmente a das mulheres negras, continua bastante inferior não só à dos\r\nhomens, comotambém à das mulheres brancas”, diz o estudo.

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O Ipea verificou a sobreposição de desigualdades com\r\na desvantagem das mulheres negras no mercado de trabalho. Segundo Natália,\r\napesar de mudanças importantes, como o aumento geral da renda da população\r\nocupada, a hierarquia salarial - homens brancos, mulheres brancas, homens\r\nnegros, mulheres negras - se mantém.

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“A desvantagem das mulheres negras é muito pior em\r\nmuitos indicadores, no mercado de trabalho em especial, mas também na chefia de\r\nfamília e na pobreza. Então, é quando as desigualdades de gênero e raciais se\r\nsobrepõem no nosso país”, disse a especialista, destacando que a taxa de\r\nanalfabetismo das mulheres negras é mais que o dobro das mulheres brancas.\r\nEntre os homens, a distância é semelhante.

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Menos\r\njovens domésticas

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O Ipea destacou também a redução de jovens entre as\r\nempregadas domésticas. Em 1995, mais de 50% das trabalhadoras domésticas tinham\r\naté 29 anos de idade (51,5%); em 2015, somente 16% estavam nesta faixa de\r\nidade. Eram domésticas 18% das mulheres negras e 10% das mulheres brancas no\r\nBrasil em 2015.

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“Nesse últimos 20 anos, podemos ver algumas\r\ntendências interessantes, como o aumento da renda das trabalhadoras domésticas.\r\nSó que, ainda assim, em 2015, a média do Brasil não alcançou nem o salário\r\nmínimo”, afirmou Natália. Em 2015, a renda das domésticas atingiu o valor médio\r\nde 739 reais em 2015, enquanto o salário mínimo, à época, era de 788 reais.

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O número de trabalhadoras formalizadas também\r\naumentou, segundo o Ipea. Em 1995, 17,8% tinham carteira e em 2015, a proporção\r\nchegou a 30,4%. Mas a análise dos dados da Pnad mostrou uma tendência de\r\naumento na quantidade de diaristas no país. Elas eram 18,3% da categoria em\r\n1995 e chegaram a 31,7% em 2015.

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Escolaridade\r\nentre raças

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Segundo o Ipea, nos últimos anos, mais brasileiros e\r\nbrasileiras chegaram ao nível superior. Entre 1995 e 2015, a população adulta\r\nnegra com 12 anos ou mais de estudo passou de 3,3% para 12%. Entretanto, o\r\npatamar alcançado em 2015 pelos negros era o mesmo que os brancos tinham já em\r\n1995. A população branca com tempo de estudo igual ao da negra praticamente\r\ndobrou nesses 20 anos, variando de 12,5% para 25,9%.

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